Escrevi este texto para uma amiga e depois o postei em uma comunidade onde se perguntava se ser submissa é ser inferior. Segue meu ponto de vista.
Por ser submissa não sou menos como pessoa que um Dominador, essas partes se encaixam e há necessidade das duas para se formar um relacionamento, porém a submissa se entrega nessa relação a tal ponto que essas partes se tornam uma só, ela ainda tem sua vida, mas essa vida esta entregue aos cuidados de quem ela ESCOLHEU para se entregar e o qual ACEITOU a responsabilidade de cuidar dela como se fosse parte dele mesmo.
Neste caso ele vai cuidar para que nada de ruim venha acontecer com o que lhe pertence e faz parte dele, irá fazer com que essas partes sejam cada vez mais única, que elas possam se fundir, e para que isso aconteça os dois precisam andar da mesma forma, no mesmo sentindo.
O Dominador/Mestre ensina, adestra e molda a submissa para andar nesse sentido e não se desviar para que as peças não se separem novamente, e a submissa precisa se entregar e confiar plenamente para não ter duvidas de que ela não é mais uma segunda parte e sim que é parte dele.
Por isso nesse caminho deixamos de pensar como se fossemos nós “eu” e passamos a pensar como se fossemos uma “peça/parte” de nosso Dono.
Assim também entregamos nossas escolhas a ele, pois por sermos verdadeira ele pode nos conhecer por completo, sabendo até onde ele pode chegar e tomando os cuidados para ir um pouco mais além.
Por sermos parte dele, ele mais do que ninguém sabe o que é melhor pra ele e confiamos nisso.
Por isso não me sinto inferior e não me entregarei a aquele que pense dessa forma que não da valor a ele mesmo.
A primeira e verdadeira entrega das pessoas é sempre de si para si, apenas elas podem reconhecer o quanto estão vinculadas ao que amam, sentem conforto e encontram sentido no que acreditam. Tornando-se independentes da falsa necessidade de reconhecimento de terceiros.
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Como vejo a submissão
sábado, 11 de abril de 2009
Reconhecendo meus atos
Não sei explicar muitas das transformações que aconteceram comigo nesses últimos meses, mas sei que foram para melhor.
Tive muitos conflitos com meus sentimentos, minha personalidade, com minha visão e entendimentos a cada situação enfrentada.
Perdi-me varias vezes, encontrei-me em muitas outras e ainda vejo-me confusa em algumas.
O tempo foi curto, mas as sensações sentidas foram inúmeras, ás vezes inquieta, ansiosa, insegura e com medo, outras tantas confiante, determinada, segura e corajosa, fui fraca, forte, arisca, doce, sutil... fui menina, fui mulher.
As lições aprendidas foram: controlar meus sentimentos, me entender, me aceitar, auto-analisar minhas ações e o principio delas.
Não estou me escondendo atrás de desculpas para justificar meu modo de agir e sim estou tentando entender o que desencadeou cada ação para não vir a cometer os mesmos erros futuramente.
Estou amadurecendo, evoluindo, talvez agora um pouco mais devagar por estar caminhando sozinha, mas nesse momento sozinha é que posso ver o quanto eu evolui como submissa e como mulher.
Não tenho dúvidas de que estou no caminho certo e o que quero pra minha vida daqui por diante, me encontrei, me sinto feliz e quero me conhecer ainda mais.
Saberei esperar tudo tem sua hora para ser e as mudanças acontecem quando devem acontecer.
Surpreendo-me a cada momento e enxergo melhor os motivos de toda a situação.
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Colocando em prática
Eu estava sendo ensinada e guiada por um Mestre, o qual sou imensamente grata por tudo que eu aprendi até aqui.
Foram muitos ensinamentos e agora é hora de coloca-los em prática, além de me dar a oportunidade de adquirir cada vez mais experiência com a vida.
Nestes cinco meses aprendi muitas coisas que me ajudaram a melhorar como pessoa, tanto com os conhecimentos repassados como com as experiências e os tombos da vida, sendo esses últimos a forma mais dolorosa de se aprender uma lição.
Essa dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional, eu adquiri força o suficiente para levantar e seguir em frente.
Fiquei cega por uns instantes, fechei os olhos, desviei-me do caminho correto, mas não estou perdida, ao fechar os olhos deixei as mãos que me guiava se distanciarem, porem nada impede de reencontra-las mais a frente, nosso caminho ainda é o mesmo.
Estou sozinha, agora é hora de eu mesma me policiar e tomar os devidos cuidados para não me perder, todas as decisões estão em minhas mãos.
Apesar de estar sendo guiada por esse Mestre, ele sempre deixou bem claro que enquanto treinamento eu era livre, porém eu me prendia, talvez a vontade de pertencer a ele me fazia agir como se já pertencesse e acho que isso atrapalhou um pouco.
Não, não mudei de idéia. Ainda quero e almejo estar sob os cuidados da pessoa que tanto me ensinou, em quem eu tenho confiança e sei que pode me transformar em uma bela submissa.
Porém agora esses desejos e vontades estão entregues nas mãos do tempo e só ele poderá dizer se serão realizados.
De qualquer maneira, levo os ensinamentos comigo e digo-lhe com a mais bela e doce voz... Meister Balder, agradeço-lhe por tudo.