quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Ser Submissa

Esse caminho ao qual escolhi trilhar faz parte de mim, aprendi muito no SM e trago muitos desses aprendizados para a vivencia “baunilha”, ou seja, os aplico em diversas áreas da minha vida.

Porém é algo homogêneo, não há separação, e se ser do signo de gêmeos significa ter duas personalidades ou ser duas pessoas, posso dizer que meu signo é “gêmeos siameses”, pois são personalidades que se unem, se confundem, não é preciso terminar uma para que a outra comece, elas se completam em uma única existência... uma única pessoa.

Não separo sentimentos, emoções ou vivo em vidas paralelas, Prazer sou _ _ _ _ _ mulher, amiga, filha, irmã... e submissa.

Infelizmente, não posso dizer isso a todos, algumas pessoas mais próximas sabem outras não, em alguns momentos deixo transparecer em outros procuro não revelar, mas nem por isso a energia submissa deixa de existir, ela sempre está presente, ela faz parte de mim.

Desta forma, procuro vivenciar situações onde eu me sinta completa, gosto de estar em meio às pessoas, onde eu possa ser eu mesma, sem máscara, contudo tomo os devidos cuidados para que isso não me prejudique, já que muitos veem isso de maneira errada, entretanto “isso” é a forma como escolhi viver.

Não busco fazer revoluções, ditar regras, dizer o que é certo ou errado, aliás, tenho minhas dúvidas se existe certo ou errado, apenas quero ser respeitada como sou, viver da maneira a qual escolhi viver, fazer o que me faz bem, ter momentos únicos, descobrir até onde posso chegar e ultrapassar barreiras e limites.

Não busco ser diferente, ou especial apenas quero ser feliz, e não sou menos feliz por me submeter ou entregar as minhas escolhas nas mãos de alguém, por estar presa e ao mesmo tempo ter a sensação de liberdade, vivendo em um paradoxo, que se faz verdade ao ler uma frase no perfil de meu Dono, que diz o seguinte: “Apenas usando a coleira, uma mulher pode ser realmente livre". (Tribesmen of Gor).

Sim, é assim que me sinto ao estar servindo, me sinto livre... Livre das imposições da sociedade, livre de regras ditadas pelo tempo, livre de obedecer aos ideais feministas, livre da obrigação de seguir uma rotina de forma que eu não venha desapontar familiares, livre de viver da mentira em mostrar que sou alguém quando na verdade eu não o sou, livre da mesmice...

O que adianta eu fazer parte de um estereótipo ditado por uma sociedade e não ser feliz?

Não sou coitadinha, tenho objetivos e corro atrás deles, busco sonhos e realizações em diversas áreas da minha vida.

Ser submissa não muda meu caráter, minha forma de respeitar ou seguir meus princípios, de ser uma pessoa com um bom coração, de ter fé, de ter uma crença, de correr atrás dos meus sonhos, ser submissa não muda o mundo a minha volta, mas muda a maneira de como eu o vejo, como eu o encaro e como eu o sinto.

E acima de tudo me faz completa, me faz querer ir além, me faz forte e não me deixa desistir diante dos obstáculos ou dificuldades que encontro nesse caminho.

Ser submissa é poder ser verdadeira... é poder ser eu mesma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário